O mais novo santo da Igreja Católica nasceu em Fino Mornasco, na província de Como (Itália), em 1839. Foi ordenado sacerdote em 1863. Foi professor no Seminário de Como até 1870, quando tornou-se vigário da paróquia de São Bartolomeu na cidade de Como. Recebeu a ordenação episcopal em 1876 e foi enviado para a Diocese de Piacenza. Em 1887, fundou a Congregação dos Missionários de São Carlos, ou Scalabrinianos, para cuidar dos migrantes italianos em várias partes do mundo. Em 1889 instituiu a associação São Rafael para a assistência aos migrantes. Em 1895, nasceram as Missionárias de São Carlos.

Nossa comunidade foi uma das primeiras a receber um sacerdote scalabriniano no Rio Grande do Sul: o Pe. Colbachini, que tornou-se o fundador de Nova Bassano. As Missionárias de São Carlos também marcam a nossa história, com a criação da “escola das irmãs”, que funcionava onde é a Casa Nazaré. Até hoje a Paróquia é atendida por sacerdotes da Congregação Scalabriniana. Uma passagem marcante desta história foi a visita de João Batista Scalabrini, em 1904. Aqui ele foi acolhido triunfalmente, com cortejo de cavalarianos, rojões, tiros e foguetes, como era de costume. O Pároco da época era Pe. Antônio Serraglia, que havia concluído a obra de construção da igreja, iniciada por Colbachini, e que pode ser abençoada pelo próprio fundador da congregação.

D. João Scalabrini faleceu no ano seguinte, na Itália. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 1997. Em 2013 seu o túmulo foi violado, tendo sido roubados o seu anel, uma cruz, um terço de ouro e um cálice. Agora, temos a felicidade de ver o Papa Francisco realizar a santificação de João Batista Scalabrini, que pisou em Nova Bassano um ano antes de sua morte. A sua santificação reconhece a profunda marca que deixou na Igreja e na sociedade, com seu olhar profética e ação transformadora. Às 15 horas haverá cerimônia religiosa especial na Igreja Matriz, para celebrar a sua santificação.

 

Foto: Scalabrini na Travessia do Rio Taquari, entre Encantado e Garibaldi